As pessoas que sofrem de mal de Alzheimer podem ter níveis
mais elevados do que idosos saudáveis de um produto químico, subproduto do
pesticida DDT, sugere um estudo publicado .
O pesticida DDT foi banido nos Estados Unidos em 1972, mas
ainda é usado em outros países do mundo e autoridades sanitárias o consideram
uma importante ferramenta no combate à malária.
Os cientistas descobriram que o DDE, metabólito persistente
do DDT, apareceu em concentrações quatro vezes maiores em pacientes com
Alzheimer do que em seus pares saudáveis.
Ter níveis altos de DDE também aumenta em quatro vezes o
risco dedesenvolver Alzheimer, segundo o estudo que comparou 86 pacientes com
Alzheimer a 79 pessoas em idade avançada.
Os pacientes estudados procediam dos estados americanos do
Texas e da Geórgia, com idade média de 74 anos, de acordo coma pesquisa
publicada periódico Neurology, do Jornal da Associação Médica Americana (JAMA).
Especialistas externos advertiram que o tamanho da amostra
era pequeno e que seria necessário fazer mais pesquisas.
"As descobertas devem ser um estímulo para futuras
pesquisas usando métodos epidemiológicos mais rigorosos, mas por si só, não dão
uma evidência forte de um risco", disse David Coggon, professor de
medicina ocupacional e ambiental da Universidade de Southampton na
Grã-Bretanha.
As diferenças nos níveis de DDE foram observadas na amostra
do Texas, mas não na Geórgia, observou um editorial no 'JAMA Neurology' por
médicos da Universidade da Pensilvânia e da Universidade da Virgínia.
Os redatores do editorial, Steven DeKosky e Sam Gandy,
observaram que a pesquisa deveria ser considerada "preliminar até que haja
uma confirmação independente em outras populações".
Pouco se sabe sobre as causas do mal de Alzheimer, uma
doença que afeta cinco milhões de pessoas só nos Estados Unidos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 35
milhões de pessoas ao redor do mundo vivem hoje com demência.
Fonte: Diario de Pernambuco

Nenhum comentário:
Postar um comentário