Uma revisão de estudos académicos feita pela organização não-governamental britânica Age UK identificou cinco passos que podem ajudar idosos a manter a saúde do cérebro e reduzir os riscos de desenvolver a doença de Alzheimer e outras formas de demência, avança o Diário Digital.
Segundo a organização, cerca de 76% do declínio cognitivo - mudanças nas habilidades cerebrais, que incluem perda de memória - está associado ao estilo de vida do idoso e a outros factores ambientais, como o nível de educação.
E essas mudanças nas habilidades cerebrais podem ser influenciadas por hábitos quotidianos.
"Ainda que não haja cura ou formas de inverter a demência, (os estudos) indicam que há formas simples e eficientes de reduzir o risco", declara Caroline Abrahams, directora da Age UK, em comunicado da ONG.
"E mais, as mudanças que precisamos de fazer para manter os nossos cérebros saudáveis já se provaram boas para o coração e para a saúde em geral. Quanto mais cedo começarmos, melhores as nossas hipóteses de termos uma vida saudável nessa etapa da vida."
Um dos estudos revistos pela Age UK - e realizado ao longo de 30 anos - percebeu que homens de 45 a 59 anos que seguiram pelo menos quatro dos cinco pontos listados reduziram em mais de um terço os seus riscos de perda cognitiva e de demência em relação aos demais.
Exercícios físicos regulares
Exercícios aeróbicos, de resistência ou equilíbrio mostraram-se o modo mais eficiente de evitar o declínio cognitivo entre idosos.
"Estudos sugerem que fazer exercício três a cinco vezes por semana, entre 30 minutos e 1 hora, é benéfico", diz a Age UK.
Uma das sugestões da ONG é que os idosos que não tenham problemas de mobilidade incorporem caminhadas nas suas rotinas - caminhar até ao supermercado em vez de optar pelo carro; usar escadas em vez de elevador; mesmo ao conduzir, parar um pouco mais longe do ponto final, para andar pelo menos parte do percurso; planear caminhadas em lugares agradáveis no final de semana.
Dieta mediterrânica
Num levantamento publicado no ano passado, pesquisadores analisaram os hábitos alimentares de 17,4 mil pessoas com uma idade média de 64 anos. E as que tinham uma dieta que se aproximava da mediterrânica tiveram o seu risco de deterioração mental reduzido em quase um quinto.
A dieta mediterrânica é rica em ácidos gordos ômega-3, encontrados em alguns peixes, nozes e linhaça -, além de incluir muitos vegetais e frutas frescos, que têm pouca gordura saturada. Tudo isso ajuda o sistema nervoso e o cérebro, além de ter efeitos positivos já identificados sobre a memória.
Não fumar
Os dados revistos pela ONG apontam um número significativo de casos de demência entre fumadores em comparação com quem nunca fumou.
Beber álcool com moderação
Beber álcool com moderação
Beber em excesso também está relacionado com um maior risco de demência - causando perdas de tecido cerebral, sobretudo em partes do cérebro responsáveis pela memória e pelo processamento de informações visuais.
Ao mesmo tempo, o consumo moderado de álcool parece proteger o tecido cerebral, ao aumentar o bom colesterol e baixar o mau.
Prevenir e tratar a diabetes, hipertensão e obesidade
Um estudo global apresentado em Setembro pela entidade Alzheimer's Disease International apontou que pessoas que sofrem de diabetes têm maiores probabilidades de desenvolver demência.
O estudo não consegue precisar até que ponto a diabetes em si aumenta os riscos de demência, mas identificou que pessoas portadoras da diabetes tipo 2 - a mais comum - também têm mais probabilidade de sofrerem de obesidade e outros problemas de saúde que tendem a aumentar o risco de demência.
Fonte: Diário Digital
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=751684
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