A doença tende a ser mais frequente
com o envelhecimento da população em todo o mundo. Contra os seus avanços,
pesquisas ensaiam diagnósticos antecipados e familiares adotam estratégias onde
o cuidado faz a diferença.
A demência senil conhecida como
Alzheimer, é uma doença neurodegenerativa de causas ainda desconhecidas e
difícil detecção. “É a pedra no sapato da longevidade”, sintetiza o geriatra e
professor João Macedo. Quanto mais avançada a idade, maior chance de
desenvolver a Doença de Alzheimer. O que, para o médico, configura grave
problema para a saúde pública com o crescimento do número de idosos no mundo.
Preocupação que tem
impulsionado pesquisadores na busca por medicamentos e diagnósticos mais
precisos. Como os da Universidade de Georgetown e da Universidade de
Washington, nos Estados Unidos. Ambos buscam um diagnóstico antecipado da
doença com base nos sinais do organismo de um paciente em potencial. Os
resultados até agora sinalizam que se pode prever o Alzheimer até 25 anos antes
das manifestações sintomáticas.
Mas ter esta informação vai além do
diagnóstico precoce. Poderia, sim, ser benéfica se propusesse uma mudança de
hábitos e de planejamento, segundo a neuropsicóloga Luciane Ponte. No entanto,
saber com tanta antecedência poderia trazer mais transtornos do que ajuda, já
que não existem cura ou formas de impedir efetivamente a instalação da doença.
“Imagine o estresse para uma pessoa que descobre uma possibilidade de ter a
doença em 20 anos”, ressalta.
A importância das pesquisas está na
procura por melhores medicamentos, avalia o geriatra João Macedo. “Está se
iniciando uma nova era no estudo de substâncias, que podem ser mais eficientes
na fase pré-clínica”. Quanto ao diagnóstico, a busca é por métodos mais
precisos de detecção. Atualmente, são diversos os parâmetros que precisam ser
levados em conta: exames de neuroimagem, relatos da família e testes de
cognição, por exemplo.
Acompanhamento
Falar em Doença de Alzheimer significa aludir ao dano mais notável: o esquecimento de aspectos da própria vida. Além da memória, ela compromete a execução de atividades diárias, provoca alterações comportamentais e exerce, sobre a família, uma forte mudança de rotina. Daí a necessidade de orientação e cuidado com quem acompanha os pacientes.
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