domingo, 5 de outubro de 2014

Perda de memória nem sempre significa doença de Alzheimer; veja alguns alertas

Os problemas relacionados à memória têm sido cada vez mais constantes, devido ao envelhecimento da população brasileira. O coordenador do Centro de Atenção à Memória do Núcleo de Neurologia do Hospital Samaritano de São Paulo, Renato Anghinah, destaca que nem sempre a perda da memória significa Doença de Alzheimer, como geralmente é associado, e ressalta a importância de contar com um diagnóstico diferencial.
São diversas as alterações neurológicas que comprometem a memória. Os diagnósticos possíveis em distúrbios de memória podem ter causas primárias, como – sim - a doença de Alzheimer, demência por corpos de Lewy, demência Fronto-Temporal e causas secundárias, como causas vasculares, endócrinas, hematoma subdural, metabólica, tóxica, infecciosa (HIV, PRION, LUES), hidrocefalia de pressão normal, depressão e distúrbio do sono.
“Mas, os distúrbios de memória não atingem somente as pessoas idosas. Eles podem se manifestar também em adultos jovens e jovens, incluindo sequelas em pessoas que sofreram algum acidente ou trauma. Também, com a vida agitada, muitos jovens apresentam problemas na memória por conta de stress, depressão, problemas metabólicos, sem contar o histórico genético. Quanto antes for detectada qualquer alteração, maiores são as chances de interagir com a equipe médica e otimizar os resultados das ações e tratamentos propostos”, explica o neurologista.
De acordo com o especialista, há diversas formas de manifestação dos distúrbios da memória e, por isso, é extremamente importante a investigação e a realização de exames clínicos e de imagem, para um diagnóstico preciso, que garantirá melhores resultados no tratamento que for aplicado.

Quando prestar atenção
Renato Anghinah destaca alguns sinais de falha de memória que merecem atenção. Os sinais moderado e maior justificam a procura de auxílio médico. Veja alguns sinais de pouco alerta:
* lapsos de memória esporádicos;
* falhas de memória em vigência de quadros como: gripes e resfriados; cansaço justificado (noite mal dormida, Jet lag); estresse pontual e passageiro; sobrecarga de trabalho eventual.

Sinais de alerta moderado:
* lapsos de memória frequentes;
* falhas de memória que afetam compromissos;
* demora para recordar onde colocou algum objeto;
* cansaço aparentemente não justificado (sono diurno);
* situação de estresse frequente;
* limiar baixo para o estresse;
* ansiedade frequente;
* falta de concentração;
* dificuldade para memorizar conteúdo de textos lidos ou programas assistidos;
* dificuldade para aprender/estudar.

Sinais de alerta maior:
* lapsos de memória MUITO frequentes;
* falhas de memória que afetam a vida diária (esquece compromissos, perde objetos, esquece de pagar contas);
* cansaço e falta de vontade/motivação (sono diurno sem controle);
* situação de estresse permanente;
* limiar baixo para o estresse com irritabilidade;
* ansiedade permanente;
* quadros confusos, alterações de memória e outras funções cognitivas (cálculo, linguagem, dificuldade para realizar tarefas e/ou tomar decisões).


Fonte: CDN São Paulo

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